quinta-feira, 10 de setembro de 2009

"O melhor presente que você pode dar é um abraço: ele é tamanho único, e ninguém vai se importar se você quiser devolvê-lo"



terça-feira, 8 de setembro de 2009

SAWABONA - Sobre estar sozinho

Por Dr. Flávio Gikovate

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.

O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.

A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos.

Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher: ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino.

A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.

A palavra de ordem deste século é parceria.

Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.

Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras.

O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração.

Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.

O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo.

O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.

A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado.

Visa à aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades.

E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade.

Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.

A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso.

Ao contrário, dá dignidade à pessoa.

As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.

Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.

Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.

Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não a partir do outro.

Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.

O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável.

Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.

Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...

SAWABONA, é um cumprimento usado no sul da África quer dizer:

"EU TE RESPEITO, EU TE VALORIZO,

VOCÊ É IMPORTANTE PRA MIM".

Em resposta as pessoas dizem:

SHIKOBA que é

"ENTÃO EU EXISTO PRA VOCÊ"

Flávio Gikovate é médico psicoterapeuta, pioneiro da terapia sexual no Brasil.

Site: http://www.todos-os-sentidos.com.br

http://www.flaviogikovate.com.br

Houve uma vez que ao vêr o filme: “Uma Noiva em Fuga”, onde parece uma cena, que o jornalista Ike Graham (Richard Gere) questiona para Maggie Carpenter (Julia Roberts), sobre: O que ela gosta? Como ela gosta de comer ovo? Se ela ja havia parado para pensar no que ela realmente gosta... Essa cena me marcou muito, pois me fez refletir sobre minha pessoa e conhecer a “tão importante Reforma Íntima”. Nesse dia conversei com minha tia, onde ela me emprestou dois livros do Roberto Shinyashiki: “Amar Pode dar Certo” e “Sem Medo de Vencer”, o que para eu foi de grande importância naquele momento em que estava passando... Bem , o que me fez refletir ainda mais foi quando lí a seguinte reflexão:

" Aprender a estar só é uma necessidade que o individuo tem para criar um relacionamento saudavel consigo mesmo. É saber apreciar a própria companhia, não ter medo de acompanhar o seu intimo, entrar em contato com a sua natureza, caminhar por um jardim, sentir os pés amassando a areia da praia a medida que anda...”

Apartir daí, comecei a ter certeza que estar só, não é tão ruim assim. Pois onde se ama; se esta preparado para amar as pessoas em sua volta... onde se faz algo por sí próprio; você esta também fazendo pelas passoas em sua volta... Melhor ainda duas pessoas não precisam seguir um único sonho de conquista, nada como cada um correr atrás do seu proprio sonho, para depois ter o que compartilhar e comemorar as grandes conquistas que você mesmo ou a pessoa ao seu lado as conquistou... eu considero isso como: estar com o coração e a mente em paz, pois onde cada um conquista o seu próprio sonho, sempre vai ter o que compartilhar, aprender e fora que não se torna uma rotina a dois, sempre há algo de novo para se compartilhar e aprender... assim como não perder a sua própria personalidade vivenso somente a pessoa em que ama. Se amar também é viver plenamente... PENSE BEM NISSO.

Bem, vou finalizando deixando a todos um grande abreijão no coração!!!